Dia da Mulher: Entrevista completa com Inês Bogéa, diretora da Companhia de Dança de SP

Dia da Mulher: Entrevista completa com Inês Bogéa, diretora da Companhia de Dança de SP

A Giu se uniu a Companhia de Dança de São Paulo para fotografar a nossa campanha de Dia da Mulher. […]

A Giu se uniu a Companhia de Dança de São Paulo para fotografar a nossa campanha de Dia da Mulher. Navegue na nossa página especial para o Dia da Mulher e acompanhe os descontos imperdíveis que estamos separando para você emocionar quem você ama.

Além disso, conversamos com Inês Bogéa, jornalista, bailarina e diretora de dança da Companhia de Dança sobre a data comemorativa. O resultado do nosso bate-papo você confere agora.

Inês Bogéa, jornalista, bailarina e diretora de dança na Companhia de Dança de São Paulo
Foto: Reprodução/Instagram

Nos conte um pouquinho sobre você e como iniciou no mundo da dança e cultura

Eu comecei na ginástica olímpica, de cabeça para baixo, fazendo estrelas. Fiz também capoeira e, um dia, vi uma apresentação de balé – a partir daí a dança começou a fazer parte da minha vida e nunca mais foi embora. Fiz dança clássica, dança contemporânea, dancei em várias companhias e viajei pelo mundo como bailarina do Grupo Corpo. Depois estudei filosofia, fiz doutorado em artes e sigo ensinando e aprendendo. Trabalhei em programas nas comunidades, nas Fábricas de Cultura, escrevi livros, críticas de dança para a Folha de São Paulo, fiz documentário. Em 2008 iniciei uma jornada desafiadora como diretora na São Paulo Companhia de Dança e, em 2022, começo uma nova etapa também como diretora da São Paulo Escola de Dança.

Para você, quais sentimentos que a dança pode transmitir para quem a pratica

A dança é um poderoso instrumento de conexão, inclusão e transformação social. O movimento que ela provoca pode reverberar de muitas maneiras. Ela me leva, por exemplo, a buscar conhecer sempre mais, pesquisar, inventar projetos, encontrar pessoas e ativar a minha sensibilidade, influenciando diretamente na forma como me relaciono com o mundo.

O que é empoderamento feminino para você e como a dança pode estar presente no dia a dia da mulher brasileira

Acho que o nosso olhar feminino é o que nos faz saber ouvir, acolher e criar pontes para que possamos trocar sempre em diálogo com todos. É manter viva a capacidade de questionar o que se apresenta diante de nós para que possamos atuar de maneira sensível e aberta, identificando as diferenças e semelhanças entre nós. A dança é um lindo combustível para nos guiar nesta jornada no dia a dia. Ela energiza e fornece ferramentas para que possamos aguçar nosso olhar frente aos desafios que encontramos – e que não são poucos.

No Dia da Mulher, quem você gostaria de homenagear hoje?

Nesses meus anos de vivência nas artes, percebi que é impossível homenagear uma única mulher inspiradora. Mas posso homenagear todas as professoras com quem aprendi muito do que hoje sou, as bailarinas e coreógrafas às quais já assisti e com as quais trabalhei, que me provocam com tantas ideias, e também todas mulheres que fizeram da dança a sua profissão.

Qual é a Mulher no meio artístico que mais te inspira?

Também é impossível citar um só nome. Acredito que as mesmas mulheres que me inspiram são as que eu gostaria de homenagear nesta data, afinal o caminho que percorri só foi possível porque muitas outras o percorreram antes, abrindo espaço para que nós mulheres possamos atuar hoje em qualquer lugar, da sala de ensaio à direção.

Em um mundo cada vez mais difícil e cheio de lutas (pandemia), qual mensagem você gostaria de passar para todas as mulheres para não desistirem dos seus sonhos?

Minha mensagem é para que nunca nos esqueçamos de aguçar a nossa sensibilidade. Que sigamos inquietas e dispostas a questionar o que está à nossa volta sempre com alegria e inovação, encontrando estratégias para manter a nossa identidade e expressar a nós mesmas sem esquecer do todo.

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